16 - Estruturas Clínicas – Psicose

A Psicose caracteriza-se pela perda de contato com a realidade

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FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE CLÍNICA
DISCIPLINA ESTRUTURA CLINICA DAS PSICOSE

 

Para entendermos as estruturas psicológicas faz se necessário entendermos as funções maternas e funções paternas, e qual são a importância destas duas funções no desenvolvimento do indivíduo.

 

Funções maternas & funções Paternas.

Para a Psicanálise é todo aquele indivíduo que supre as necessidades essenciais de uma pessoa, isso pensando durante sua infância quem supre suas necessidades geralmente de alimentação, carinho, de vocabulário, atenção: geralmente a mãe é quem supre essas necessidades nestes aspectos, por isso: Função materna, mas, não necessariamente que estas tenham que ser exercido por uma mãe.

Função materna

Crianças que são criadas só pelo pai, por exemplo, não teriam uma função materna, mas, na verdade não é assim que funciona, o pai pode exercer a função materna, quando supre às necessidades da criança neste momento ele está exercendo uma função materna.

E qual seria função paterna então?

Na Psicanálise é entendida como aquele indivíduo que repreende a criança, ou seja, aquele que impõe leis que impõe regras, que corta a relação da criança com a função materna, isso é entendido na Psicanálise como função paterna.

Na visão familiar

Classicamente na visão familiar é entendido como o Pai, mas, também pode ser entendido como qualquer individuo que tenha contato com esta criança, inclusive a própria mãe pode desenvolver a função paterna.

Qual a diferença?

Então seria do seguinte modo, esta criança teria necessidades, a mãe supre suas necessidades, carinho, amor, atenção, a função paterna entra como uma impositora de regras sendo exercida pela mãe ou pelo pai.

Função paterna!

Ela vai entra dizendo que ela alimente-se, que ela deve respeitar que há limites que ela não pode exceder que a mãe não vai estar à disposição desta criança no exato momento em que ela queira.

Paterna ou materna?

Que a mãe não vá estar à disposição dela o tempo todo, porque há o pai que também quer atenção, porque a um irmão que também precisa de atenção, da mãe que também estará exercendo uma função paterna, dar a noção para criança que ela e a mãe são coisas distintas.

C. Primário.

A princípio durante o desenvolvimento da criança, ela não consegue ter uma distinção plena do que é ela e a mãe, entramos nas questões do Ide, do Ego, e do Superego.

O ID.

É o desenvolvimento inicial da criança quando ela e o mundo lhe parece uma coisa só, ou seja, como se o mundo e ela fosse uma única coisa, por isso a criança quando pequena não pede permissão para fazer as coisas, ela não pede para pegar algo que esta próximo de você, no entendimento dela isso faz parte dela isso é ela, é dela, não é seu, não tem esta distinção plena do que sou eu do que é você.

C. Secundário

Esta distinção virá a partir do desenvolvimento do Ego, que seria o Eu, é o que a função paterna essencialmente exerce, ou seja a função paterna vem como uma desenvolvedora desse Ego, vem como uma noção para criança de que ela e a mãe são coisas distintas, ela é um individuo e a mãe é outro, isso é essencial no desenvolvimento da criança.

Formação das estruturas

É a partir desta relação com a função materna e com a função paterna que a criança vai desenvolver suas estruturas, ou seja, a partir das relações de suas necessidades, de como essas necessidades são atendidas ou não, que essa criança desenvolverá suas estruturas psicológicas as estruturas são três essencialmente: Neurose, Psicose e Perversão.

Dentro destas três estruturas nos temos sub estruturas de funcionamento de um indivíduo. Visão estrutural: É importante entender que essas estruturas neurose, psicose, perversão frequentemente associadas a doenças, dentro da Psicanálise, não se vê isso como doença, todos estamos estruturados dentro de uma ou de mais dessas estruturas.

Porque uma estrutura isolada é coisa de literatura de livros, não é real não é do nosso mundo físico, no mundo real o que ocorre é que o indivíduo tem uma maior pendencia para uma destas estruturas. Possuímos traços de todas as outras, do contrario não seria possível a sua sobrevivência na sociedade e como ela se constitui atualmente, dentro da sociedade atual a neurose é vista como normalidade, que onde a grande maioria de nós se estrutura, essencialmente na neurose. Importante que se entenda que essa compreensão é diante da sociedade atual, se a nossa sociedade fosse estruturada com mais perversos do que com neuróticos seria entendido como normalidade a perversão e não com a neurose, do mesmo modo com a psicose.

Psicose

É quando o indivíduo não tem noção de certo ou errado, literalmente não tem noção, não é o caso do indivíduo que gosta de praticar o mau, ele simplesmente não entende como mau, não tem uma compreensão clara de bem ou mau, como a sociedade vê o que é bom ou o que é ruim, ele não entende isso.

Subestruturas da Psicose. Dentro da Psicose temos três subestruturas:

Esquizofrenia,

Melancolia

Paranoia.

Esquizofrenia

Aquele indivíduo que projeta para fora de si seus pensamentos e como se dentro da Psicose o indivíduo não consegue entender que aquele pensamentos são seus, vê seus pensamentos como pertencentes a outro indivíduo, isso faz com que ele tenha suas alucinações e visões.

Alucinações e visões

Vista pelos psicólogos, são reais do ponto de vista do paciente, muitas pessoas não entendem porque acham que os Psicóticos inventam suas visões, mas realmente ele vê, mas ele não consegue entender que aquelas visões são dele ocorrem no seu espaço inconsciente, e que só ele consegue ver seus pensamentos, que não é algo do mundo físico.

Desenvolvimento das estruturas.

Ter uma função paterna bem desenvolvida pelo pai ou por alguém que desenvolva esta função que cheque dando parâmetros para ele, que ele e a mãe são coisas distintas, que imponha regras, que mostre a ele que ele está em uma sociedade, que ele esta inserido em um mundo que espera coisas dele. Submete-lo a certas regras, que ele não pode fazer tudo que quer, que há o certo e o errado, que há uma visão de certo e errado dentro de cada cultura.

Castração

Quando ele entende isso que é um processo chamado de castração, que é realmente limitar o indivíduo ocorre bem sucedido, esse indivíduo tende a se estruturar na neurose.

Psicose

Quando não há nenhum tipo de castração, ou seja, o indivíduo tem a mãe todo tempo para si ele não tem a separação, ninguém impõe regras a ele ou ninguém dá limitações a ele, ele tende a se estruturar dentro da Psicose. Onde ocorre aquelas situações onde o individuo mata a outra pessoa, claro isso em psicose extrema, e surtos Psicóticos Indivíduo mata alguém e ele simplesmente toma um banho e vai dormir na maior tranquilidade porque para ele não fez algo errado ele não tem esta compreensão de certo ou errado.

Psicose e Perversão

É diferente do indivíduo perverso. Que mata esconde o corpo elimina as provas porque ele sabe que ele fez errado, mas, ele sente prazer, e sabe que ele fez errado tendo esta noção distinta.

Diagnóstico Estrutural:

Segundo o Dicionário Michaelis, a palavra diagnóstico é um adjetivo de origem grega diagnostikós, que significa relativo à diagnose. Diagnóstico clínico: baseado nos sintomas, sem levar em consideração as alterações mórbidas que os produzem. Diagnóstico diferencial: determinação da doença do paciente entre duas ou mais suspeitas, pela comparação sistemática de seus sintomas. Diagnóstico físico: determinação de doença por inspeção, palpação, percussão ou auscultação. Percebe-se que o diagnóstico segundo a clínica médica se baseia, essencialmente, nos sinais e sintomas para a taxionomia das patologias.

Para a psicanálise, porém, fundamentada em sua abordagem teórica com a questão do inconsciente que tem um funcionamento tópico, econômico e dinâmico, utiliza como referência certos elementos estáveis das perspectivas estruturais do sujeito e que em nada determina um diagnóstico a partir das correlações entre esses elementos e os efeitos sintomáticos. O inconsciente possui um determinismo particular que não se aplica as generalizações. Utiliza como referência certos elementos estáveis das perspectivas estruturais do sujeito e que em nada determina um diagnóstico a partir das correlações entre esses elementos e os efeitos sintomáticos. O inconsciente possui um determinismo particular que não se aplica as generalizações.

Ele é imponderável, imprevisível e só existe para a psicanálise na relação transferencial cliente/analista na sua interpretação. É certo, então, que a clínica psicanalítica possui uma forma sui generis para a condução do tratamento, ou seja, utilizado que denomina de diagnóstico estrutural, que é feito exclusivamente através da escuta do analista, sendo esta a única técnica de investigação analítica. "O diagnóstico só tem sentido se servir para a condução da análise”.

É a partir do simbólico, portanto, que se pode fazer o diagnóstico diferencial estrutural por meio dos três modos de negação do Édipo – negação da castração do Outro – correspondentes às três estruturas clínicas – psicose (foraclusão), neurose (recalque) e perversão (desmentido)"

Gênese das estruturas psíquicas

Um sujeito se constitui no mundo através do que a psicanálise chama de processo edipiano ou função fálica.

O inconsciente do sujeito se forma a partir da cultura, inserida no espaço/tempo, e é introduzido na fala da mãe – primeiro grande outro materno, que vai ensinado a criança o que é ser humano naquele lugar e naquele momento e ao mesmo tempo, determinando a estrutura psíquica do sujeito.

A partir do nascimento da criança, esta se relaciona com a mãe, que não é necessariamente a mãe real e pode ser aquela que representa essa função satisfazendo a criança em suas necessidades e desejos, e com o Pai Simbólico, que não é necessariamente o pai real, mas que tem a função de interditar a criança junto à mãe e a mãe junto à criança, estabelecendo limites nessa relação. É uma instância mediadora do desejo. O pai é uma metáfora, é um significante que vem no lugar de outro significante. Dependendo de como se processa o desenrolar dessa tríada se estabelecerá a estruturação psíquica do sujeito.

A criança vai recebendo do adulto as instruções de como funciona a cultura, os limites, as interdições, o que pode e não pode fazer. A cultura é que estrutura humaniza. Antes disso a criança é apenas "dasding" – a coisa.O pai é Pai Simbólico enquanto mediador do estatuto do significante, ou seja, estatuto do Nome-do-Pai como estruturador do sujeito. Ou seja, o pai é aquilo que o discurso da mãe faz dele. É mais importante o que a mãe diz a respeito do pai (Imaginário) do que o pai realmente é (Real).

O que é estruturante para a criança é que ela possa fantasiar uma figura de um pai imaginário, a partir do qual ela dimensionará o pai simbólico. A criança identifica-se com o pai imaginário e não com o pai físico (real). A mãe é o Grande Outro materno que sabe tudo, pode tudo e que fala com a criança através da nomeação dos afetos. A mãe cria o imaginário da criança através das simbolizações e apresenta o mundo à criança. Quando o pai fala com a criança, ela já está simbolizada. A lei já foi internalizada.  É importante que a mãe apresente o pai à criança através do seu discurso, como aquele que também "manda".

Se a mãe é despótica, autoritária, não permitirá que o pai entre na relação. É a mãe quem autoriza a criança a obedecer a outrem e ela própria também cede, obedecendo a outrem, não sendo a única a impor a lei, a ser a lei. A função fálica é circulante. Pode ser exercida por várias pessoas, em momentos diferentes. Assim, o pai ou outro "embaixador" da lei, da ordem, da cultura poderá impor limites em momentos adequados, favorecendo assim o que se chama "castração". 

Em outras palavras, castrar é impedir a criança de ser o falo da mãe e ao mesmo tempo, impedir que a mãe ter o filho como falo. A castração é dupla e tem em seu cerne a proibição do incesto. Castrar é introduzir a lei da cultura na criança. A criança é pura pulsão, pura libido.

Ela deseja tudo de forma grosseira, rude, bruta. É preciso que seja impedida de satisfazer suas pulsões de forma selvagem. A cultura, através dos Grandes Outros (mãe, pai, parentes, professores, amigos...) diminui a grosseria das pulsões, adaptando-a ao mundo civilizado. A criança se designa ai, através da falta, como sujeito desejante e significará, na linguagem, o objeto primordial do seu desejo.

Quando a pulsão é impedida de funcionar como ela surge, ela é recalcada e pode voltar sob forma de sintomas, fantasias, sonhos, etc. Quando a castração foi exercida de modo frágil, sem estabelecer normas e limites adequados ou quando é excessivamente exercida,com uma repressão exagerada, o que se percebe é a constituição das diferentes estruturas psíquicas.
Todo ensinamento freudiano, tal como Lacan esforçou-se para lembrar e elucidar, incita a tomar a exata medida dessa função principal do simbólico no curso do destino psíquico".   
As estruturas podem ser classificadas em três tipos diferentes: Neurose- Perversão- Psicose.

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Sobre o curso

A psicose
De acordo com Freud: “é um quadro psicopatológico clássico, reconhecido pela psiquiatria, pela psicologia clínica e pela psicanálise como um estado psíquico no qual se verifica certa “perda de contato com a realidade”, sendo esta entendida como séries de saberes, construídos e símbolos compartilhados e validados socialmente”.

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